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Uma página rasgada do diário de Carol Rodrigues.

E essa sou eu, de novo aqui, sozinha, sentimentos entalados na garganta, prontos para explodir em palavras. De novo aqui, sozinha, olhando para uma tela que brilha, que boba sou eu. Eu sou uma completa idiota, pode repetir. E sim, eu lembro de quando você me chamou de idiota. Eu não esqueço fácil, ok? E eu estou tão infeliz agora. Não tem nada para fazer, bem que eu podia dar um oi. Mas não, é óbvio demais. Ou será que não? Vendo a fumacinha da xícara de café, inquieta na cadeira, roendo as unhas. E eu nem roía antes. Porque você faz isso comigo? Mas você nem sabe de nada, não é? Deixa para lá. Essa sou eu, talvez tentando negar em minha mente. Mas nem minha mente me ouve mais. Ou será que sou eu que ouço demais meu coração? Sabe, minha mente se calou faz um tempo. Eu não entendo mais nada. Tudo o que eu achava que era certo está errado. Como você faz isso? E ainda… faz isso sem saber. Isso me irrita. E pensar que há uns dias atrás, eu te irritava. É tão chato, sabia? Esconder. E ter medo também. Ah, que se dane tudo. Já está tudo ferrado mesmo. Destruição, furacões, doenças, assassinos, mortes, e tem você. Mas eu falava de coisas ruins, não é? Não se inclua nisso, por favor. Você talvez seja a melhor coisa que me aconteceu, mas só pode continuar sendo, se você se tornar meu. Mas, deixa pra lá. Meus olhos já estão se fechando mesmo.

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